segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Seqüelas de um engano



a todos que amam e enganam-se dizendo que não.


Eu sou o luto...
sou o que sobre das ruínas de um viver,
a dor do mundo,
Infinita angústia,
na procura de uma porta que me leve para longe
desse ser.

Sou aquilo que não pode mais,
sou sombra,
sou pó,
sou nada.

A fera que há em mim, urra, berra,
grita desenfreadamente! E a alma
sangra...

Por quantas vezes mais provarei do amargo de sua boca, do fel do seu ser?

Por quantas vezes mais o vazio?
O domínio, a liberdade, a dor de ser quem sou?
A carne que carrega essa alma adoece,
apodrece
e nada.

Continuo viva.
Alguém pode explicar!?
Todo pranto derramado se verte em sangue...
e procuro
mais.

Denize Muller
( Prática de escrita A poesia: um estímulo à percepção e à criatividade. Andross Ed.)

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