terça-feira, 3 de novembro de 2009

LANÇAMENTO



Está escrito. O mundo vai acabar no dia 31 de julho de 2013. Entre meio-dia e 13h13, no horário de Brasília. Fim. Esqueça qualquer outra previsão que você já tenha visto, pois ela está totalmente errada. Acredite, esse é o dia (13), o mês (julho) e o ano (2013) do fim de nossa existência. Como será? Não há como saber. Os textos sagrados analisados não prevêem causas. Ao contrário, abrem um amplo leque de probabilidades catastróficas e deixam que a imaginação de cada um descubra os detalhes. E você sabe muito bem que bons e maus motivos para o fim não faltam.
Os manuscritos sagrados só falam que tudo vai acabar, e no instante final nós finalmente saberemos se a verdade é uma ilusão e se o tempo não existe. Nesse momento último, poderemos tocar o germinar de nossa existência. Ou, como fizeram os treze escritores aqui reunidos, enviar uma carta aos nossos antepassados contando como tudo terminou.
Como foi o fim do mundo.

Segunda-feira.


Não me masturbei.
Nem siririquei comigo.
Mas, confesso ter sonhado:
com dragões alados e gulosos,
com bodes escalando aos montes,
com o escorpião-rei, de olhos sob lentes.
Retorci e mordi o lençol.
O gato, do chão, espiava cada suspiro.
Vi o apache de pinta na cara e chicote na mão.
(poderia domar minha manada).
E um menino tocando tamborim
em espalmada seca; mostrava desejo e intimidade com o instrumento.
A lua insistindo em clarear essa orgia me despertou e já era quase terça-feira.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cidadã

Em pretensa poesia,
amparada nas quinas,
vou trançando colunas,
transbordando elogios
a esses homens encontrados
na esquina de algum desespero,
agarrados pelos pentelhos
e por um espasmo do decote.

Com braços gigantes,
fazendo ninho, vão engolindo
cada gomo do desejo
servido em bandeja plástica,
rasa e colorida.

São como estar frente ao mar,
frente a Deus.

E diante da imensidão
do grande guardador de rebanhos
o encantamento procria
levando ao paraíso a ovelhinha,
crente em sua pequenez disforme.

O resgate tem desfecho esperado:
cárcere do corpo, cárcere da alma.

E depois do enclausuramento
nada mais sublime
do que negar carne seca e cachaça.
Somente absinto em doses homeopáticas
retendo a essência de sua cara
na cara de quem já não a tem.

Sexista, machista, nunca consegue parar.
Tendo o resgate na tara,
sai à caça de outra oferenda.
Porque de prenda e falsas medalhas
vive o homem da esquina. O Canalha.

domingo, 11 de outubro de 2009

Ata e não desata.


Lá fora um frio de cortar carne e a mãe dando comida às crias envoltas em concreto. Metamorfoseadas em natureza urbana. Resistência de anos setenta, oitenta. Fumaça. Lá dentro persistentes, eles, continuam insistindo em ser gente. Não mais festas caseiras, não mais bares e pitadas. Psiu! E eles não se calam, não se fecham em telas de cristal, líquidas e planas. O sistema dentro do sistema, que não é mais sistema. É a louca. É a letargia por medo da bala. Não mais bananas, para símios disfarçados de humanos. Chega. É o menino e sua história. É o menino e seus devaneios futuristas. E as meninas alimentadas, de quê? São elas a contar as contas do futuro? Alguém diz Hitler? O alemão duvidoso penetra e é devorado. É a dor da separação É a crueza da história.

Pernil de carneiro torrado, erva dos sonhos e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

“O que conta é o que se faz, não o que se intenciona fazer”
Picasso
Quatros pratos conversavam, brancamente, sobre conteúdos com que os enchiam, com que os esvaziavam.Gostavam de serem fundos, não rasos. Sentindo, assim, uma colher qualquer, raspando sua bunda de louça-louca, soltando sons esganiçados. Só não aceitavam que viessem misturando “secos com molhados”. Porque sopa é para os fundos e sólidos para os rasos. E a todo prato que se preza, do chinfrim ao decorado,devem ser apresentados alimentos quentes, frios ou requentados, um modo de saber serem utilitários. Um em cada lado do quadrado mantinham-se ansiosos, com o próximo café, almoço, jantar, ou demais convidados. Ah, e quando no centro da mesa, potes eram colocados; grito-ralado suado e cansado, erva-sonho seca e macerada, sabiam; o manjar era prenunciado. E sentiam orgasmo, não com a promessa do membro-braço retirando a concha do caldeirão (porque este poderia conter qualquer coisa), mas com o que lhes era derramado por cima. O prazer do tato, do calor, mesmo sendo o de um ralo caldo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

OPORTUNIDADE

Marisa Moura - agente literária- Unicsul - Campos Liberdade- 30/09/09- 20h- entrada franca.
Inscrições : 2645 0549
http://www.terracotaeditora.com.br/
contato@terracotaeditora.com.br

Vagas limitadas.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

RESENHA STALKER

Resenha Stalker


O terceiro portal; Stalker.
Há poucos dias, o lançamento do terceiro portal aconteceu. Um encontro no Espaço Terracota, com direito a presença de Nelson de Oliveira (organizador e idealizador) e alguns dos autores: Tiago Araújo, Brontops, Roberto de Sousa Causo, Rodrigo Novaes de Almeida e Ivan Hegenberg, além do público. Stalker compõe um projeto de seis revistas, lançadas semestralmente, que se finalizará em uma antologia, contendo os melhores textos de cada um dos seis portais. Os dois primeiros Solaris e Neuromancer, já rodam por aí, nas mãos de gente que curte FC, ou que mesmo sem ter afinidade com o gênero conseguiu um exemplar. Isto mesmo, para ler e ter um é necessário conhecer um autor, fazer parte do meio literário, ou ainda, ter curiosidade e buscar na internet, assuntos relacionados, resenhas, comunidades de FC falando dos portais. Sim, porque você não vai encontrá-los em livraria, e-book, banca de jornal; não estão à venda. Tive a oportunidade de ler Neuromancer e agora Stalker, e de modo geral, prefiro o terceiro. Os textos são mais vivos, mais fantasiosos, mais cativantes ou porque, hoje, esteja contaminada por um vírus de alguma galáxia literária que desconhecia. Participam deste terceiro portal onze autores com dezoito textos. Não comentarei todos, apenas os que na minha parca concepção sobre FC foram mais tocante:
No jardim de Mayrant Gallo uma nova forma de escrita, algo desprendendo originalidade, e o final envolvente, diria um micro conto em “Segredo”.
Ontem ferido de Maria Helena Bandeira é envolvente, com sabor de quero mais fantasia.
Os quereres de Brontops trazem o que há de mais humano na FC: {Esposa} Nossos gostos são muito simples... Não pensamos em filhos halterofilistas ou filhas poetisas...
Tiago Araújo mostra seus artigos
, diria relatórios, de um futuro que se nos apresenta de forma quase que real: sagrado pelas referencias e profano pelas interferências.
O próximo é Fundação, mais uma homenagem às obras-primas da FC. Reintero não corra para comprar o seu. Mas, posso dizer, ou plagiar, Luiz Bras: “Eu vou até lá” “Tem certeza? Você conhece os riscos...” Sim e estou adorando me arriscar neste mundo novo.
Denize Muller

sábado, 5 de setembro de 2009

DENUNCIA




A cineasta e atriz Liz Marins, de 37 anos, diz ter sido agredida juntamente com um amigo, o escritor Cristiano Marinho, de 32 anos, que usa o nome artístico de Kizzy Ysatis, na boate “A Loca”, na Rua Frei Caneca, na Consolação, região central de São Paulo, no início da manhã desta sexta-feira.

— Portal de notícias G1, confira a nota completa.
Recebi a notícia por email (Claudio Brites) e custei a acreditar. Liguei e falei com a Lis Vamp( filha do Zé do Caixão) e ela confirmou a notícia, ambos estavam na Santa Casa, Kizzy fazendo exames (tomografia, resonancia, e raio-x da face)

E , ainda, têm coragem de dizer que a investigação é sobre uma suposta agressão. Ver foto; contra fatos , não há argumentos.

Kizzy e Lis são do bem, são amigos, são divertidos. Pessoas intelectuais. Agredidas por sei lá que classe de ser humano.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Entre as 70


Anote na agenda: antes do final de novembro estará circulando o livro que reunirá as 70 poesias indicadas como as melhores inscritas no concurso pela Comissão Julgadora de TALENTOS. Será um livro ilustrado e que já tem a capa definida. Ela foi a preferida na votação realizada pelo site junto aos poetas que inscreveram seus trabalhos – só eles puderam votar. Teve 43,77% da preferência. Todos os poetas que terão poesias editadas no livro receberão um exemplar gratuitamente. O livro também será colocado à venda para aqueles que se interessarem em adquirir exemplares da primeira edição do maior concurso de poesias da internet brasileir a. Confira aqui as 70 poesias que foram indicadas pela Comissão Julgadora para fazer parte do livro de TALENTOS. Elas foram selecionadas entre as 1.252 inscritas no concurso.
ELEVADOR ESTARÁ LÁ.

sábado, 1 de agosto de 2009

Stalker




A data do lançamento é dia 21/08/2009, sexta-feira, no Espaço Cultural Terracota (Av. Lins de Vasconcelos, 1886 - Vila Mariana ). Nelson de Oliveira vai mediar um debate sobre o gênero e, além disso, serão sorteados exemplares do Portal Stalker.



P r o j e t o P o r t a l

A revista Portal Stalker — terceiro número do Projeto Portal, coordenado por Nelson de Oliveira — traz contos inquietantes que vão do universo da ficção científica ao do fantástico, passando pelo da fantasia.
São dezoito narrativas sobre novas tecnologias, viagens no tempo, ciberespaço, telepatia, contatos imediatos do terceiro grau, pós-apocalipse, pós-humano, utopias e distopias, de dez autores contemporâneos.
O Projeto Portal prevê seis números, com periodicidade semestral. Cada número homenageará, no título, uma obra célebre da ficção científica: Solaris, Neuromancer, Stalker, Fundação, 2001 e Fahrenheit.
Aviso importante: o projeto não se destina à comercialização. Os poucos exemplares da revista serão dados de presente aos leitores escolhidos pelos autores.
Os contistas do Portal Stalker são: Brontops (SP), Ivan Hegenberg (SP), Luiz Brás (SP), Marco Antônio de Araújo Bueno (SP), Maria Helena Bandeira (RJ), Mayrant Gallo (BA), Roberto de Souza Causo (SP), Rodrigo Novaes de Almeida (RJ), Sérgio Tavares (PR) e Tiago Araújo (SP).


P o r t a l S T A L K E R

Revisão: Ivan Hegenberg • diagramação: Raquel Ribeiro • capa: Teo Adorno
Formato: 16 x 23 cm • nº de págs: 108 • tiragem: 300 exemplares
http://projeto-portal.blogspot.com/

domingo, 26 de julho de 2009

Valeu a força

1.252 de 626 autores.
E ELEVADOR
ficou entre as 70..... agora é a segunda fase para escolher as dez melhores.
Espero sorte.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

da M.

Na infância a distração. Já na adolescência a depressão. E por um parecer médico, soube ser eterno o mal que contraíra. Não se rogou, após alguns neurotransmissores serem soldados com noradrenalinas, fez um corte moderno pro cabelo, colocou aparelho e aposentou a cor vermelha. Saiu à caça de um terno, deixou o buço crescer. Se bela, ou fera nem sabia dizer. Mas, depois da dianética e anos de terapia, o controle emocional, fez com que aposentasse o bichinho de pelúcia que à noite dormia entre suas pernas, receptor-transmissor de sua gula, e que de dia rodava e balançava como se fosse um prolongamento do que queria ter.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Uma forcinha

Amigos,
Concorrendo com as poesias: Cidadã e Elevador.
Peço que votem.
O site é esse:
www.talentos.wiki.br/poesia.php
Obrigado pela força.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Feliz dia dos Namorados (Delicatese)

Delicatese
A dor permanecia e a consumia como um verme. Tudo ruíra em um girar de liquidificador. Tantos planos, tantos panos cobrindo o olhar. Ele assim. Ela assada; nariz e olhos.
No dia seguinte, foi ao shopping trocar o presente, por um para si. Entrou na loja e como em um flash retroativo, se viu ali, no mesmo lugar, onde uma festa íntima fora sonhada.
Sentiu medo do tempo; voltar a um mundo conhecido, sem reconhecê-lo. Aprender a engatinhar depois que se anda, não é fácil. Justo neste dia? Tinha vontade de mandar a vendedora à merda. Duas horas para escolher o produto e dar no que deu. Se não fosse por ela, nada disso teria acontecido.
Sabia como ele era. Sabia do que ele gostava, estavam juntos há dois anos. Porque não se ouviu? Agora, o mico.Tinha que escolher outra cor, outro modelo, nem sequer sabia exatamente o que fazer. Droga. Não era fácil entrar em uma loja de lingeries e escolher algo. Quando era para si, sabia bem o que queria, chegava e pronto:- quero esse. Só que com ele era mais complicado.
A vendedora olhou- a espantada. Também não acreditava:- outra vez? O dia estava bom, tinha vendido mais do que o mês anterior e olha que não se estava nem na metade deste. Dia das mães, dos pais, sempre se vendia mais. E dia dos namorados, então? Todo mundo quer manter o que tem. E agora esta. Pensava na coragem da cliente. Ela e as amigas do trabalho tentaram ser o mais profissional possível. Uma mais antiga de loja, chegou a pedir para as colegas disfarçarem. É que não se via disso todos os dias. Aliás, nem em todos os anos de trabalho como balconista. Resolveu ser discreta.
Ela se aproximou, tirou o embrulho em papel de seda azul marinho e o estendeu à vendedora. Ela simpática perguntou se não havia servido, desembrulhando o pacote. Ela roxeou, a vendedora fingiu não ver. Ela de olhar caolho, viu o riso cínico entre as outras funcionárias. Disse apenas: - ele não gostou da cor. Em sua gentileza a vendedora tentou argumentar o quão é difícil dar presentes e em se tratando de roupa íntima pior.
Lembrou de ter dito à vendedora, no dia anterior, que a peça tinha que ter um tom mais para vermelho- terra, mas a balconista, boa de lábia, a convenceu do contrário. Disse que se fosse para seu namorado usar um desses um dia, preferiria um no laranja acobreado.
Neste momento, o buchicho entre os presentes na loja aumentou. Ela constrangida, continuava a compra, pensando em satisfazer os fetiches do namorado. Nem sempre concordava com algumas manias, taras que ele propunha. Mas, entre tantas, essa era a que menos incomodava. Sabia, entre paredes, tudo se pode.
Indecisa e sendo a opinião de uma especialista em peças íntimas, comprou o alaranjado. Já tinha feito isso umas duas vezes durante esse namoro, podia ter seguido a regra do não se mexe em time que está ganhando. Resolveu levar o mesmo baby-doll, na cor exata ao seu tom de pele. Agora, já não importava se ele gostaria, ou não. Este era seu.
A cena da comemoração frustrada desceu dos olhos para a narina e ela suspirou. Tudo arrumado, cama com flores, vinho gelado, todo clichê de uma noite romântica. Deu em nada. Mandou embrulhar.
A vendedora trouxe o embrulho em uma nova sacola, o papel ainda era azul marinho, pensou em dizer que a cor do papel, já não era importante. Perguntava-se porque as cores classificavam-se em bom para homens, bom para mulheres. Deixou. A atendente, querendo quebrar o constrangimento, disse que se não servisse ele poderia pessoalmente escolher outra peça. Sentiu, então, as faces como duas grandes caldeiras. As meninas da loja, não se contiveram. A vendedora ficou paralisada, quando se deu conta do que fizera.
Depois no caminho para casa, continuava a ouvir a risada das balconistas ao responder que o namorado não havia gostado do presente, por não combinar com o batom e o par de pulseiras, que ele comprara para usar só para ela. Ah..., intimidade rasgada e escancarada por um consumismo letal.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Divulgação



“Vocês tão ligados na lenda dos gêmeos Cosme e Damião?” Com caruru, bonecos, cantigas e percussão, o Pessoal do Faroeste convida para a Temporada de Ibejis, sempre aos domingos de maio e junho de 2009.Quando? Estréia domingo 10 de maio (temporada aos domingos de maio e junho, sempre as 16 hs)Sobre o Ibejis: A história contada na peça é um recorte do sincretismo religioso na formação das festas populares do Brasil como folguedos, festas do divino, boi-bumbá e do Uruguay com Murgas e Candombes, ritmos tradicionales. Dessa forma, o Pessoal do Faroeste investigou a lenda dos Ibejis africanos, passou aos santos católicos São Cosme e São Damião, gêmeos presentes em outras culturas, como a criação do signo de Geminis na constelação zodiacal criada na mitologia grega. Elenco : Welton Santos, Daniel Morozeti, Neusa Velasco e Jorge Peña Preparação vocal : Denise Venturini Sonoplastia : Jorge PeñaAderços : Jeferson Cecim Direção e dramaturgia : Paulo Faria Fotos : Beto López
Onde? Sede Luz do Faroeste, que fica na Al. Cleveland 677. E o ingresso? Pague quanto puder . todos os domingos às 16h.

Informações: 11- 3362-8883 ou pelo email: http://br.mc620.mail.yahoo.com/mc/compose?to=producao@pessoaldofaroeste.com.br Nosso blog: http://www.pessoaldofaroeste.blogspot.com/ Site oficial: http://www.pessoaldofaroeste.com.br/ Cia Pessoal do Faroestewww.pessoaldofaroeste.com.br

quinta-feira, 23 de abril de 2009

À Poetisa


Em Guernica estava e em meus sonhos também.
Leitura sem medo.
Como explicar tanta contradição?
Sofrendo de desordens,
sentidos,
movimentos,
tão simétrica em perfeitos sonetos.
Acendo um cigarro; fumo eu, fuma você.
E nesse intervalo, entre o silencio e o chiar do trago:
te mato.

Denize Muller

quarta-feira, 4 de março de 2009

Tradição de cigarras - Natal- Hai Kai

As cigarras cantam.
Pinheiros e galhos secos.
Os pseudos coretos.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ao pé do carvalho

Ando atrás desta lua crescente.
Ando à procura de ser gente.
Ando procurando por mim.
E cada vez que me encontro, um desencontro se forma.
Reconheço e desconheço movimentos.
Tenho fome e sede.
E a dor que se faz
é a tão conhecida dos que não têm paz.

Denize Muller

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

POEMINHO DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mario Quintana

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

NEUROMANCER



Portal Neuromancer: uma experiência coletiva de doze autores, uma revista colaborativa; eles se auto-publicam. Idealizado por Nelson de Oliveira, este é o segundo dos seis portais que serão lançados a cada seis meses. Longe da pretensão de publicar um best-seller, mesmo porque não estão à venda, o Portal tem uma tiragem de 240 exemplares, distribuídos entre os autores para serem repassados aos parentes, amigos, formadores de opinião e editores. A pegada é a Ficção Científica, o Fantástico, passando pela Fantasia. Há escritores renomados no gênero como Roberto de Souza Causo e autores novos como Tiago de Araújo, do qual recebi o meu exemplar. Não sou especialista do gênero e, de verdade, navego pouco nessa praia. Mas enxergo as novas tecnologias, as utopias, os alienígenas assentados em cada conto do Portal. E se a novidade do Projeto é arriscada, é também efetiva, pois a função de todo portal é abrir caminho para novos mundos, rumos. E mesmo sendo uma prática já realizada pelos fanzines, a novidade está em trazer percepção à criação brasileira de FC. Pois com o Portal, temos certeza de sua existência. Mais sobre o assunto:http://aprendizdeescritor.com.br/ http://www.hipocentro.blogspot.com/ http://www.urbanalenda.blogspot.com/ http://www.labirintosnosotao.com/
Denize Muller