Estou cansada e dentro de minha vadiagem, a vertigem é andar de quatro.
Sim, quatro patas, que em tempos de ira,
Jogo no ar pra ver onde vão bater.
Na vitrine, exposta, está minha carne.
Abatida! Em ganchos perfumando a pele, invertida e rósea.
Gasta pelo tempo e pela memória.
É de quatro que me enrabam, dia após dia. (sem dó, nem abraço).
Tentando me fazer ouvir,
O que não arde mais.
Cada um que chega, tem faca afiada.
Escolhendo a parte mais apetitosa,
Fazendo troça, vão cantando até eu gemer.
Mas, há dias em que me canso, de ser manequim.
Neste açougue-butique.
Onde estou avestruz; cabeça pra baixo e traseiro assado.
Aí, caros amigos, eu guardo o rabo,
Calço as patas, meto a cara pra cima:
E ensurdeço o primeiro que me emputecer.
Denize Muller
Sim, quatro patas, que em tempos de ira,
Jogo no ar pra ver onde vão bater.
Na vitrine, exposta, está minha carne.
Abatida! Em ganchos perfumando a pele, invertida e rósea.
Gasta pelo tempo e pela memória.
É de quatro que me enrabam, dia após dia. (sem dó, nem abraço).
Tentando me fazer ouvir,
O que não arde mais.
Cada um que chega, tem faca afiada.
Escolhendo a parte mais apetitosa,
Fazendo troça, vão cantando até eu gemer.
Mas, há dias em que me canso, de ser manequim.
Neste açougue-butique.
Onde estou avestruz; cabeça pra baixo e traseiro assado.
Aí, caros amigos, eu guardo o rabo,
Calço as patas, meto a cara pra cima:
E ensurdeço o primeiro que me emputecer.
Denize Muller
3 comentários:
t chamo
ADOREI!!!!
Um lado meu riu outro chorou.
Lindo nosso reencontro...amo vc!
te mamo!
Postar um comentário