Na infância a distração. Já na adolescência a depressão. E por um parecer médico, soube ser eterno o mal que contraíra. Não se rogou, após alguns neurotransmissores serem soldados com noradrenalinas, fez um corte moderno pro cabelo, colocou aparelho e aposentou a cor vermelha. Saiu à caça de um terno, deixou o buço crescer. Se bela, ou fera nem sabia dizer. Mas, depois da dianética e anos de terapia, o controle emocional, fez com que aposentasse o bichinho de pelúcia que à noite dormia entre suas pernas, receptor-transmissor de sua gula, e que de dia rodava e balançava como se fosse um prolongamento do que queria ter.
3 comentários:
Mulher, você voltou ao texto com tudo... acho que todas nós temos esse bichinho de pelúcia entre as pernas.
Finalmente, cá estou!
Fantástico em prosa-poética é algo desconhecido, até então, por mim.
Gosto dos neurotransmissores, do buço crescendo e da pelúcia. Esses elementos, postos assim, parecem a lírica dos ándróides de Blade Runner, se eles escrevessem tão bem quanto você...
Simplesmente Denize, fodórius, como sempre.
(confessa: nesse dia vc não foi à terapia....rsrs)
as revistinhas na sala de espera do dentista não serão mais as mesmas
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