módulo de Romance e Poemas ACESSE: http://terracotaeditora.com.br/
ÚLTIMAS VAGAS.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Dominical.
Depois de se olhar no espelho, se bendizia, pedindo ao pai para levá-la à igreja. Lá assistia à missa no corredor central, próximo ao altar, vendo de perto a gente de libras passando a missa pelas mãos. Pensava que melhor seria ter os ouvidos cortados, ao invés das pernas. Mas essa era a sina. O pai nunca ficava, deixava a cadeira travada no domingo de sempre e partia para sua devoção; cerveja, dominó e dívidas. Ela, após a hóstia recebida, contava o fim da cerimônia. Ouvia o som do metal em borracha, destravando as rodas, e da mão do empurrão.
Era assim, toda manhã de domingo com a igreja vazia, a cadeira seguia pelo corredor lateral a fora. Ele se virava e se benzia. Ela não. O vento na porta do santuário despertava seus mamilos. E o gosto da hóstia desmanchava, conforme a porta do salão paroquial se abria e se fechava pelas mãos que a conduziam. Escutava o som pesado da tramela. E o ritual se dava como em todo primeiro dia da semana. Frio e escuro. A mão que a suspendia a erguia à altura dos lábios consagrados num expulsar de purificação. O gosto do homem se instalava em sua boca e com rapidez no centro de suas meias pernas. E nessa fusão, já não sentia a ausência dos membros inferiores. Era um instante, um rápido instante lhe devolvendo o gozo de pisar no chão. Enquanto, ele gemia estar nos céus.
Era assim, toda manhã de domingo com a igreja vazia, a cadeira seguia pelo corredor lateral a fora. Ele se virava e se benzia. Ela não. O vento na porta do santuário despertava seus mamilos. E o gosto da hóstia desmanchava, conforme a porta do salão paroquial se abria e se fechava pelas mãos que a conduziam. Escutava o som pesado da tramela. E o ritual se dava como em todo primeiro dia da semana. Frio e escuro. A mão que a suspendia a erguia à altura dos lábios consagrados num expulsar de purificação. O gosto do homem se instalava em sua boca e com rapidez no centro de suas meias pernas. E nessa fusão, já não sentia a ausência dos membros inferiores. Era um instante, um rápido instante lhe devolvendo o gozo de pisar no chão. Enquanto, ele gemia estar nos céus.
terça-feira, 6 de julho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Ignorância
Não consigo escrever sobre amenidades. Tudo me é tão intenso e viral ou, seria visceral. A merda do cachorro na calçada, pregando na sola do meu sapato e todos dizendo ser um sinal de entrada de dinheiro. Levar meu carro para lavar e em seguida cair uma tempestade, mesmo que até a retirada do lava-rápido, o dia estivesse ensolarado. Descobrir a ausência da frente do som do carro, guardado no porta-luvas por uma semana. Até então, não sentira sua falta. E não conseguir lembrar-se de todos os lugares onde o carro ficou desamparado de mim. Eu não sei falar de amenidades. Meu salário que não chega ao fim do mês e as cobranças que chegam tão rápido. O tapaço que dei na cara de alguém no passado, voltando na cara de meu filho. Não consigo pensar em amenidades. A revista que assino e me chega, quase todos os meses, porque algum vizinho viu a capa de seu interesse e a levou consigo. Deixar um depoimento no Orkut, íntimo e o receptor, o publicar. Levantar todos os dias à mesma hora e só perdê-la no dia em que não se podia. Eu não sei o que são amenidades.
Denize Muller
quinta-feira, 17 de junho de 2010
BIENANDO
Olá galera, segue o link que o grupo de uma amiga criou , FRANCINE ROSA, de arte educadores da bienal e coloca um pouquinho de informações sobre os artistas que estarão presentes neste ano. A maioria dos artistas é desonhecido, então vale a pena dar uma olhadinha. Ainda tem um monte de artistas que serão comentados, e só não foram pois o grupo está fazendo sua pesquisa. Mas, já dá pra saber um pouco de alguns deles.
ACESSEM;
http://bienando15.blogspot.com/
ACESSEM;
http://bienando15.blogspot.com/
sexta-feira, 11 de junho de 2010
O cão e o dono.
Passava todos os dias por ali de volta para casa. A paisagem, no outono e no inverno, avermelhava mais cedo. De repente, como estouro de embalagem de salgadinho, o som invadiu o tímpano canhoto. O olho esquerdo vazava em meio à escuridão. O cão, atropelado, lançara tripas e estilhaços de ossos no ar. O motor rangia e não distanciava. E demorou a ouvir sirenes.
Evento- teatro
Trilogia Degenerada
São Paulo, São Paulo, Brazil
A Trilogia Degenerada invade São Paulo. Resultado de 8 anos de pesquisa do grupo de teatro Pessoal do Faroeste, a Trilogia é um projeto que traz um olhar sobre a cidade por meio de ferramentas como o teatro, o vídeo, um livro e a internet. A intenção deste videoblog é abrir ao público temas sob o olhar da Trilogia e fomentar sua participação. Contribua com idéias, comentários e envie conteúdos legais - fotos, textos, vídeos e outros para: trilogiadegenerada@pessoaldofaroeste.com.br
http://trilogiadegenerada.blogspot.com/
São Paulo, São Paulo, Brazil
A Trilogia Degenerada invade São Paulo. Resultado de 8 anos de pesquisa do grupo de teatro Pessoal do Faroeste, a Trilogia é um projeto que traz um olhar sobre a cidade por meio de ferramentas como o teatro, o vídeo, um livro e a internet. A intenção deste videoblog é abrir ao público temas sob o olhar da Trilogia e fomentar sua participação. Contribua com idéias, comentários e envie conteúdos legais - fotos, textos, vídeos e outros para: trilogiadegenerada@pessoaldofaroeste.com.br
http://trilogiadegenerada.blogspot.com/
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Aquarela com o ZURI
Aulas de forma individual e com no máximo 08 pessoas no espaço.
Horários nas terças, quintas e sábados.
Terças e quintas das 13h ás 16h e 19 ás 22h
Sábados: das 10h ás 13h
1 vez por semana - 3 horas de aula
R$ 230,00 mensais
Você pode entrar quando quiser e por enquanto ainda há vagas.
Material:
1 estojo da Cotman ou Van Gogh- pastilhas ou tubo - 12 cores ou mais
1 azul cerúleo
1 Dioxazine purple ou Dioxazine Violet
Pincéis Marta - 308 - números 1, 3 e 5
1 pincel sintético chato ,largo e macio
Qualquer dúvida, entre em contato por fone que fica mais fácil.
Zuri
3031-6869 / 7740-3127
Horários nas terças, quintas e sábados.
Terças e quintas das 13h ás 16h e 19 ás 22h
Sábados: das 10h ás 13h
1 vez por semana - 3 horas de aula
R$ 230,00 mensais
Você pode entrar quando quiser e por enquanto ainda há vagas.
Material:
1 estojo da Cotman ou Van Gogh- pastilhas ou tubo - 12 cores ou mais
1 azul cerúleo
1 Dioxazine purple ou Dioxazine Violet
Pincéis Marta - 308 - números 1, 3 e 5
1 pincel sintético chato ,largo e macio
Qualquer dúvida, entre em contato por fone que fica mais fácil.
Zuri
3031-6869 / 7740-3127
sexta-feira, 7 de maio de 2010
De 7 a 10 de junho, Vinícius de Moraes, Paulo Leminski, Clarice Lispector e Erico Verissimo serão relidos por Calos Felipe Moisés, Ademir Assunção, Nelson de Oliveira e Jeanette Rozsas, no Espaço Terracota.
Escritores por escritores faz parte de uma série de projetos relacionados ao curso de especialização em Prática de Criação Literária, coordenado por Nelson de Oliveira e Claudio Brites.
Serão, no total, quatro palestras. Em cada encontro, um escritor renomado dará uma aula sobre um grande escritor da literatura nacional: sua biografia, algumas curiosidades, a gênese de suas principais obras, além de promover a leitura dos textos fundamentais da produção do autor escolhido.
.Local: Espaço Terracota
Av. Lins de Vasconcelos, 1886
Vila Mariana – São Paulo – SP
Tel.: (11) 2645-0549
.Valor: R$ 35, cada palestra, ou R$ 100 pelos quatro encontros.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
III Encontro de Prática de Escrita
Programação :
9h30- Conferência de abertura: A prática literaria de Milton Hatoum
9h30- Conferência de abertura: A prática literaria de Milton Hatoum
Convidado: Milton Hatoum
Mediação: Nelson de Oliveira e Eric Novello
11h- Mesa redonda: Ficção de gênero no Brasil: com a palavra os editores.
Convidados: Adriano Piazzi (Aleph), Douglas Reis (Devir), Richard Diegues (Tarja), Eric Santos ( Draco)
Mediação: Roberto de Sousa Causo e Nelson de Oliveira
12h30- Parada para o almoço
14h às 16h- Oficinas literárias: 15 vagas cada
O conto e o erótico - Marne Lúcio Guedes
O diálogo: entre prosa e teatro - Luís Marra
O conto de ficção científica: muito mais que ambientação - Nelson de Oliveira
O suspiro do Haikai- Edson Cruz
Fazendo misterio: a narrativa policial - Sérgio Pereira Couto
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Aniversata
Foi um pequeno encontro de fósseis reminiscentes e outros não, estes tidos como normais. E neste pastorial compareceram: caprinos, dragões, bebês, doutores, soldadores, historiadores (todos com suas parelhas), um vampiro e um legado de outros bichos mais. Para que se desse tudo em perfeita orla, uma especialista em dependentes cármicos esteve lá, Fredo também, ora arrancando as penas, ora colocando-as no lugar. No serviço de bar um ator dividia tarefas com um caçador; serviam drinks afrodisíacos temperados a desejos e moral. E enquanto, o bebê envelhecia um jogo de estratégia, que consistia em capturar peças isoladas (blots, ou seria brots), iniciou-se. No quadrante exterior os produtores de fumaça caçavam razões, entendimentos químicos e pescoços, assim como outras partes dos corpos. Sobraram cachos de cabelos pelo chão. No quadrante interior, o pintor desenhava no violão música favorecendo as relações. A dança que se fazia, era dança dos amantes sem distinção de espécies, raças e ideais. Festejou-se,profano e sagrado, fantástico e real, festejou-se a vida, cruzada em um traço longínquo e ancestral.
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